O diabetes é uma patologia que se caracteriza pela alta concentração de açúcar no sistema sanguíneo. É uma doença que exige da pessoa afetada muito disciplina para controlar o índice glicêmico, uma vez que a manutenção de altas taxas de glicemia no sangue podem gerar complicações crônicas.
Dentre as complicações geradas pelo diabetes, estão doenças da pele, patologias renais, oculares e dos membros inferiores. Uma dessas condições, considerada um grave problema de saúde pública, é o pé diabético.
Segundo números divulgados pela Universidade Federal de São Paulo, estudos clínicos demonstraram que entre 40 e 60% de todas as amputações – não causadas por traumas – se realizam em pacientes diabéticos e, em 85% dos casos, os pacientes afetados sofriam com úlcera no pé, que ataca de 4 a 10% da população diabética.
O pé diabético é mais uma das condições que pode ser combatida com o ozônio medicinal, como veremos nesse artigo.
Pé diabético – entenda o que é
O pé diabético surge quando o paciente, na sequência de um trauma ou infecção, desenvolve uma ferida ou úlcera. É um processo decorrente do descontrole dos níveis de glicemia, que faz com que o pé diabético seja responsável por 50% das hospitalizações de pacientes diabéticos, segundo uma pesquisa que foi publicado pela Revista Médica de Minas Gerais.
Alguns dos sintomas iniciais mais comuns do pé diabético são a sensação de queimação e o formigamento, sendo muito importante prestar atenção a qualquer deformidade do membro ou alteração de cor, temperatura e sensações. Isso porque, nos quadros de diabetes, a sensibilidade é reduzida, com infecções e lesões não sendo notadas e, por isso, causando um agravamento da condição.
A presença de traumatismos, ferimentos, insuficiência venosa dos membros inferiores e o tabagismo são fatores de risco para complicações relacionadas ao pé diabético, assim como a dificuldade no acesso ao sistema de saúde e a baixa condição socioeconômica.
As vantagens da ozônio medicinal
A terapia alternativa para pé diabético com ozonioterapia é indicada, principalmente, porque as doenças vasculares dos membros inferiores são algumas das aplicações mais comuns do uso do ozônio medicinal. Isso por causa do aumento da irrigação sanguínea e da ação antimicrobiana, que são fatores que ajudam a reduzir o tempo de cicatrização.
Esses benefícios do ozônio medicinal foram também relatados pela Revista Médica de Minas Gerais. No caso específico, foram utilizadas técnicas de ozonioterapia, como tratamento adjuvante, para tratar o pé diabético de um paciente feminino de 78 anos. A princípio, a paciente foi submetida ao tratamento tópico com óleos ozonizados, cremes ozonizados e também sessões de hidro-ozonioterapia. No total, foram realizadas 26 sessões de ozonioterapia tópica.
A partir da 10ª semana de tratamento, passou-se a utilizar-se também a mistura gasosa de ozônio (5%) com oxigênio (95%), o chamado ozônio medicinal. O processo de melhora se tornou tão perceptível que a ferida estava completamente cicatrizada depois de 14 semanas de tratamento com ozonioterapia.
Houve também um estudo espanhol que comprovou a eficácia da ozonioterapia no tratamento do pé diabético, onde foi constatada uma diminuição dos níveis de glicemia e a cicatrização das feridas.
Em todos os casos acima relatados, o sucesso do tratamento com ozonioterapia levou à defesa, pelos profissionais responsáveis, da alta eficácia do ozônio medicinal como uma das opções para pé diabético, com uma rápida recuperação da área afetada e uma melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
Veja também: O Que é a Ozonioterapia
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