Ozonioterapia no Tratamento de Infecções Bacterianas

Até há bem pouco tempo, a infeção bacteriana era considerada uma patologia de fácil tratamento. No entanto, a resistência aos antibióticos tem se tornado cada vez mais comum, representando um dos grandes desafios da medicina moderna.

O uso indiscriminado de antibióticos durante a epidemia do novo coronavírus, onde a azitromicina foi o segundo medicamento mais receitado no tratamento da covid-19 por médicos de todo o mundo, pode tornar ainda mais drástico o cenário atual, com o aumento da resistência microbiana.

Com a ação reduzida dos antibióticos, a ozonioterapia pode desempenhar um papel importante nessa área, trazendo novas perspectivas no combate das chamadas “super-bactérias”.

Ozonioterapia no Tratamento de Infecções Bacterianas

No mundo inteiro, médicos e pacientes estão enfrentando uma crise de resistência a antibióticos, provocada principalmente pelo consumo excessivo desse tipo de medicação, que levou ao desenvolvimento de bactérias resistentes aos antimicrobianos.

Com o surgimento de bactérias que resistem aos tratamentos tradicionais, a busca por alternativas se tornou urgente na área da saúde pública.

Reconhecido há décadas como tratamento complementar em conjunto com antibióticos, o ozônio medicinal é apontado como uma grande arma na prevenção da mortalidade associada à resistência bacteriana. A OMS o Organização Mundial de Saúde, estima que a resistência microbiana poderá estar associada a 10 milhões de mortes anuais até 2050. Atualmente, acredita-se que pelo menos 700 mil pessoas morrem por ano devido a doenças resistentes a antibióticos.

Avanços da ozonioterapia

O uso do ozônio medicinal tem sua eficácia comprovada, sendo amplamente utilizado nos países europeus desde a I Guerra Mundial, onde infecções foram tratadas no fronte de guerra com o gás, fazendo com que muitas amputações em decorrência de gangrena fossem evitadas.

Mesmo que a sua utilização seja cada vez mais recorrente no mundo inteiro, com os sistemas públicos de saúde dos países desenvolvidos adotando a ozonioterapia, o método terapêutico que utiliza o ozônio medicinal pode avançar ainda mais.

A ozonioterapia sofreu ao longo dos anos com a falta de financiamento privado para estudos de longo alcance porque o ozônio não é uma substância que pode ser patenteada. Isso fez com que a aceitação da ozonioterapia entre o público em geral fosse bastante lenta.

No entanto, essa realidade vem se revertendo e, atualmente, o uso do ozônio medicinal vem ganhando adeptos entre médicos e pesquisadores de todo o mundo.

Os estudos feitos sobre a eficácia do ozônio medicinal destacaram que o gás é capaz de:

  • Modular o sistema imunológico
  • Melhorar a circulação sanguínea
  • Combater micro-organismos, como bactérias, fungos e vírus
  • Melhorar a distribuição e absorção de oxigênio pelo organismo

Ação comprovada do ozônio contra bactérias

Pesquisadores norte-americanos publicaram um estudo recente em que a ozonioterapia foi utilizada para combater um caso de infecção bacteriana aguda grave.

No caso apresentado, de celulite causada pela picada de um carrapato, os pesquisadores observaram que a resposta com o uso do ozônio foi bastante rápida, tendo a condição sido  completamente eliminada em um período de até 48 horas após o início das aplicações do ozônio medicinal.

Além do mais, o estudo constatou que o ozônio havia aumentado significativamente a eficácia do antibiótico tradicionalmente utilizado nesse tipo de caso, comprovando que a ozonioterapia pode ser considerada uma terapia complementar contra a infecção bacteriana.

Entre os efeitos demonstrados, o ozônio medicinal provou ter efeitos imunológicos e fisiológicos intensificadores circulatórios, o que contribuiu para aumentar as defesas inatas do organismo. O gás é microbicida e age conjuntamente com outros oxidantes produzidos pelos fagócitos, que são células que constituem um importante mecanismo de defesa do corpo, capazes de rodear, captar e digerir partículas vizinhas através da fagocitose.

Como já mencionamos acima, a ozonioterapia ainda é pouco conhecida do grande público, mas já é possível ter acesso aos seus benefícios de maneira segura e eficaz através de profissionais qualificados que trabalham nessa área, como a enfermeira Miriam Dani, de Porto Alegre.

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