O que é Ozonioterapia e para que serve

A ozonioterapia virou notícia nacional no ano passado quando o prefeito da cidade de Itajaí, em Santa Catarina, sugeriu o tratamento com o ozônio medicinal contra o novo coronavírus.

Em live transmitida pelo Facebook, Volnei Morastoni anunciou a possibilidade do município adotar a aplicação de ozônio por via retal no tratamento contra a covid-19 em pacientes com diagnóstico positivo e sintomáticos.

O que é Ozonioterapia e para que serve

O suposto tratamento para o vírus responsável pela pandemia virou piada nas redes sociais, ao mesmo tempo em que aumentou o interesse sobre essa técnica terapêutica que já é usada no tratamento de problemas respiratórios, auxílio no tratamento do câncer e da AIDS, combate de infecções, tratamento de feridas, artrite, doenças do coração e na ativação do sistema imunológico. A ação fungicida, bactericida e antiviral do ozônio também é muito significativa contra inúmeras patologias, especialmente em quadros de hepatites virais e herpes.

O ozônio também é usado na sanitização de ambientes de fechados contra a proliferação de de vírus, bactérias e fungos. No Japão, cientistas da Universidade de Fujita afirmaram que baixas concentrações de ozônio podem neutralizar partículas do coronavírus, fornecendo um meio para a desinfecção de consultórios e salas de espera nos hospitais. Segundo eles, o ozônio, em um nível considerado inofensivo ao seres humanos, pode matar o vírus nesses ambientes hospitalares.

A Ozonioterapia funciona?

O que estamos nos referindo aqui é sobre o uso médico do ozônio e, antes de entender o que é a ozonioterapia, é preciso saber que o ozônio é um gás molecularmente parecido com o oxigênio, mas com um átomo a mais. Incolor, o gás contém 3 átomos de oxigênio e pode ser inofensivo mas também perigoso.

Segundo o Ministério da Saúde, a ozonioterapia tem sua segurança reconhecida e comprovada como uma terapia integrativa e complementar de baixo custo, com finalidade terapêutica contra diversas patologias.

“O ozônio medicinal, nos seus diversos mecanismos de ação, representa um estímulo que contribui para a melhora de diversas doenças, uma vez que pode ajudar a recuperar de forma natural a capacidade funcional do organismo humano e animal. Alguns setores de saúde adotam regularmente esta prática em seus protocolos de atendimento, como a odontologia, a neurologia e a oncologia, dentre outras”, pode-se ler no site oficial do Ministério da Saúde.

Segundo um estudo publicado no Portal Regional da BVS – Biblioteca Virtual de Saúde, chegou-se à conclusão que o ozônio é eficaz na inativação in vitro de vários micro-organismos, como bactérias e vírus que ocorrem em infecções hospitalares.

Aplicações

A terapia com o ozônio consiste na administração do gás nas seguintes formas:

Aplicação direta no tecido – o ozônio é aplicado diretamente na pele, criando-se uma cobertura protetora em feridas;

Intravenosa – o método consiste na retirada se sangue, que é misturado ao gás ozônio, sendo devolvido ao corpo pela mesma via. No entanto, esse procedimento oferece riscos de embolia, causada pela formação de bolhas de ar;

Intramuscular – o ozônio medicinal pode ser aplicado em forma de injeção intramuscular, com o ozônio sendo misturado, muitas vezes, com oxigênio.

Insuflação retal – é a técnica mais comum em diferentes tipos de tratamentos, onde o gás é absorvido pela mucosa do intestino, o que proporciona efeitos imediatos de melhoria do metabolismo das células, da respiração e da oxigenação celular. Além disso, a insuflação retal possui poderosos efeitos anti-inflamatórios, aumentando a saturação de oxigênio no sangue e favorecendo a produção natural de interleucina e interferon. Por melhorar a flexibilidade dos glóbulos vermelhos, a técnica também estimula a circulação sanguínea, inclusive nas vias capilares.

Efeitos colaterais

A inalação do gás de ozônio, segundo estudo do site Medical News Today, pode ser prejudicial à saúde, provocando tosse e irritação da garganta e dos pulmões, podendo também ser fatal se houver exposição ao gás em altas quantidades. Na atmosfera, a camada de ozônio é responsável por proteger o planeta das radiações UV provocadas pelo sol, mas pode ser um perigoso poluente do ar se estiver perto do solo.

No caso da aplicação do ozônio via retal, alguns pacientes relataram desconforto, cãibras e gases em excesso, porém, de modo muito temporário. Outros relataram efeitos colaterais semelhantes aos da gripe. De salientar que nunca se deve inalar o ozônio, que pode queimar, provocando vômito, náuseas, dores de cabeça e, em casos mais graves, problemas respiratórios.

Mas afinal, o ozônio é eficaz contra o novo coronavírus?

Por mais que o ozônio medicinal tenha apresentado resultados efetivos contra diversas patologias, não existem indícios que a ozonioterapía seja capaz de tratar ou mesmo prevenir contra o novo coronavírus. Em nota publicada no ano passado, a Sociedade Brasileira de Infectologia afirmou que “não há qualquer evidência científica que a ozonioterapia proteja contra a covid-19”.

Se você quer saber mais sobre a ozonioterapia, entre em contato com a enfermeira Miriam Dani através watsapp (51) 99981-3506.

6 comentários

  1. Faço tratamento com ozonio para artrite reumatoide, há dois anos e me faz muito bem. Sou muito grata a este gás que livrou-me dos efeitos colaterais dos remédios para artrite.
    Mauriceia Cruz

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *