A ozonioterapia, também chamada de terapia com ozônio medicinal, é um método terapêutico utilizado como suporte no tratamento de diversas doenças.
De acordo com a Associação Brasileira de Ozonioterapia (Aboz), esse recurso estimula mecanismos biológicos do organismo e pode auxiliar na recuperação de mais de 250 enfermidades.
O uso médico do ozônio teve início na Primeira Guerra Mundial, quando o médico alemão Christian Friedrich Schonbrin aplicou a técnica em soldados feridos no campo de batalha. Os resultados positivos estimularam sua difusão em diferentes países.
Atualmente, a prática é reconhecida em nações como Alemanha, Rússia, Cuba, Portugal, Espanha, Grécia, Irã, Turquia e em 13 estados dos Estados Unidos, onde já está integrada ao sistema público de saúde.
Efeitos no organismo
O ozônio medicinal apresenta propriedades:
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Antioxidantes
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Anti-inflamatórias
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Imunomoduladoras
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Antimicrobianas
Além disso, estimula a produção de energia celular e a regeneração tecidual.
Entre os benefícios observados, destacam-se:
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Desintoxicação hepática;
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Redução do ácido úrico;
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Melhora do metabolismo celular;
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Fragmentação de gorduras (colesterol e triglicerídeos);
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Melhora da circulação e oxigenação dos tecidos;
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Aumento do fluxo sanguíneo;
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Redução da agregação de glóbulos vermelhos.
Condições que podem ser tratadas
A ozonioterapia tem sido aplicada como tratamento complementar em:
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Infecções agudas e crônicas (fungos, bactérias, vírus e parasitas);
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Infecções resistentes a antibióticos (osteomielite, escaras, abcessos, peritonite);
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Infecções hepáticas, candidíase, herpes zoster, HPV, hepatite e HIV (como coadjuvante);
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Doenças autoimunes (artrite reumatoide, esclerose, doença de Crohn);
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Doenças degenerativas (Alzheimer, Parkinson);
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Isquemias cerebrais e cardíacas;
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Doenças pulmonares (asma, bronquite, enfisema, DPOC, síndrome respiratória aguda);
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Doenças de pele (psoríase, dermatite);
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Neuropatias (labirintite, perda auditiva);
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Câncer metastático quimiorresistente (para aliviar efeitos colaterais);
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Infecções bucais e periodontites;
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Fibromialgia;
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Doenças ortopédicas;
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Situações emergenciais (sepse, queimaduras, traumas extensos).
Complementaridade com tratamentos convencionais
É essencial destacar que a ozonioterapia não substitui os tratamentos médicos convencionais. Seu papel é complementar, devendo ser sempre integrada a terapias como fisioterapia, medicamentos ou procedimentos cirúrgicos.
A decisão sobre sua utilização deve ser tomada em conjunto com o médico responsável, considerando o histórico clínico e as necessidades individuais do paciente.
Contraindicações e efeitos adversos
Apesar de segura na maioria dos casos, a ozonioterapia possui contraindicações:
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Gravidez;
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Distúrbios de coagulação;
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Hemorragias ativas;
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Hipertireoidismo descompensado;
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Anemia hemolítica por deficiência de G6PD;
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Intoxicação alcoólica;
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Infarto agudo do miocárdio.
Os efeitos colaterais geralmente são leves e transitórios, incluindo vermelhidão, coceira e dor no local da aplicação.
Em casos raros, pode ocorrer a reação de Herxheimer, caracterizada por sintomas semelhantes aos da gripe (febre, calafrios, fadiga).
O uso inadequado, especialmente por inalação, pode causar irritações pulmonares e na garganta.
A ozonioterapia é uma ferramenta terapêutica promissora e complementar, capaz de contribuir para a melhora de inúmeras condições de saúde.
No entanto, deve sempre ser realizada por profissionais capacitados, respeitando as contraindicações e em integração com a medicina convencional.
O diálogo aberto entre paciente e equipe médica é fundamental para garantir segurança, eficácia e qualidade de vida durante o tratamento.
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