Ozonioterapia: história, aplicações, limites e informações essenciais
A ozonioterapia é um método terapêutico complementar que utiliza uma mistura controlada de oxigênio e ozônio em diferentes técnicas de aplicação. Ao longo das últimas décadas, ela passou a ser procurada por pessoas que convivem com dores crônicas, problemas articulares e ortopédicos, além de queixas estéticas — embora o grau de evidência científica para cada indicação varie amplamente.
Origem da técnica
O uso médico do ozônio remonta a 1935, quando o cirurgião alemão Erwin Payr, professor da Universidade de Leipzig, observou seu dentista empregar o gás para desinfetar cavidades dentárias. Intrigado pelos possíveis efeitos antimicrobianos, Payr propôs investigar a aplicação do ozônio em cirurgias, especialmente visando diminuir infecções no pós-operatório.
Essa observação pioneira abriu caminho para décadas de pesquisas experimentais sobre o potencial terapêutico dessa molécula altamente reativa.
Como o ozônio age no organismo?
Com o tempo, surgiram hipóteses e estudos preliminares que sugeriram diferentes efeitos biológicos do ozônio medicinal. No entanto, é importante destacar que as evidências variam conforme a aplicação, e muitas delas ainda estão em fase de investigação.
O ozônio é conhecido principalmente por sua ação oxidativa, capaz de:
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interagir com componentes celulares,
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gerar produtos que podem modular respostas biológicas,
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estimular mecanismos antioxidantes do próprio organismo.
Embora existam estudos que indiquem possíveis benefícios em determinadas situações clínicas, a comunidade científica segue debatendo os limites, riscos e eficácia real da terapia — especialmente para condições complexas e doenças crônicas.
A ozonioterapia no mundo e no Brasil

Apesar de ser utilizada há quase 90 anos e integrar alguns serviços de saúde em países como Alemanha, Portugal e Rússia, no Brasil a ozonioterapia ainda circula majoritariamente como prática complementar, sendo motivo de debates entre entidades profissionais e órgãos reguladores.
Uma parte dessa controvérsia envolve:
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a ausência de patentes (o ozônio é uma substância simples e não comercializável),
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interesses econômicos divergentes,
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e a necessidade de estudos clínicos mais sólidos para assegurar eficácia e segurança em larga escala.
Duração e resposta ao tratamento
A resposta ao tratamento é altamente variável. Cada organismo reage de maneira particular, e a adaptação depende tanto das condições de saúde do paciente quanto da regularidade das sessões.
Existem relatos clínicos de melhora significativa após poucas aplicações — desde atletas que referem recuperação mais rápida até pessoas com dores persistentes que observam alívio em quatro sessões. No entanto, tais relatos não substituem estudos controlados, sendo essenciais para cada paciente:
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avaliação individualizada,
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acompanhamento profissional qualificado,
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e expectativas realistas sobre resultados.
Possíveis benefícios relatados da ozonioterapia
A formulação medicinal utilizada é composta por aproximadamente 95% oxigênio e 5% ozônio.
Entre os efeitos atribuídos ao tratamento, citam-se:
Efeitos biológicos propostos
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Estímulo à liberação de fatores envolvidos em regeneração tecidual
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Modulação do metabolismo e possível influência sobre funções renais, hepáticas e tireoidianas
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Estímulo à produção de enzimas antioxidantes
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Melhora da oxigenação tecidual
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Modulação de respostas imunológicas
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Melhora da drenagem linfática
Ação antimicrobiana
O ozônio possui comprovada capacidade de destruir:
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bactérias,
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fungos,
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vírus,
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além de apresentar efeito lipolítico (decomposição de gorduras).
A forma como esses efeitos se traduzem em resultados clínicos depende do método de aplicação, da concentração utilizada e do quadro específico tratado.
Contraindicações
Embora seja geralmente considerada segura quando aplicada por profissionais habilitados, a ozonioterapia não deve ser utilizada em alguns casos — especialmente devido ao potencial estresse oxidativo.
As principais contraindicações incluem:
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Deficiência de G6PD (favismo)
Essa condição impossibilita a adequada resposta antioxidante do organismo. -
Gestantes
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Hipotireoidismo não controlado
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Infarto agudo do miocárdio
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Trombocitopenia (baixo número de plaquetas), que pode aumentar risco de sangramentos.
O profissional responsável deve sempre realizar avaliação prévia completa.
Como a ozonioterapia pode ser aplicada?
A técnica engloba diversos procedimentos, cada um com objetivos específicos:
1. Auto-hemoterapia ozonizada
Uma amostra de sangue é retirada, misturada com a solução de ozônio e reinfundida por via intramuscular ou intravenosa.
2. Insuflação retal
A mistura gasosa é aplicada através do reto, sendo rapidamente absorvida pela mucosa intestinal.
3. Aplicação subcutânea
O ozônio é administrado sob a pele, próximo à área de dor ou inflamação.
4. Intradiscal
Utilizada em algumas abordagens para hérnia de disco, introduzindo o gás diretamente no disco intervertebral.
5. Aplicações dermatológicas
Podem usar:
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injeções subcutâneas,
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óleos ozonizados,
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aplicações diretas na pele.
Possíveis objetivos incluem:
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estimular regeneração tecidual,
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auxiliar no controle de infecções cutâneas,
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favorecer a vasodilatação por liberação de óxido nítrico.
Possíveis efeitos positivos observados
Entre os efeitos relatados por pacientes e profissionais:
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Redução de dor e inflamação
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Melhora da circulação
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Ação antimicrobiana (fungos, bactérias e vírus)
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Alternativa complementar para pessoas sensíveis a medicamentos tradicionais
Quando o ozônio entra em contato com o sangue, ocorre liberação de oxigênio, o que dá origem a compostos que podem desencadear diferentes respostas fisiológicas.
Número de sessões e cuidados complementares
A quantidade de sessões depende:
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da condição tratada,
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da intensidade dos sintomas,
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e da resposta individual.
É essencial que o paciente mantenha boa hidratação e nutrição, pois o ozônio participa ativamente no equilíbrio do estresse oxidativo.
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