Apesar dos principais sistemas de saúde do mundo reconhecerem a ozonioterapia como um método terapêutico seguro e eficaz contra mais de 200 doenças, no Brasil ainda há muita resistência contra as aplicações do ozônio medicinal por parte da profissionais da classe médica.
No entanto, as coisas começaram a mudar no segmento odontológico, quando o Conselho Federal de Odontologia reconheceu, em 2015, a ozonioterapia como procedimento do ramo, regulamentando a prática em várias áreas de atuação.
O Uso do Ozônio na Odontologia
Entre as áreas de atuação da ozonioterapia na odontologia, estão a periodontia e a implantodontia. Para quem não está familiarizado com os termos técnicos, vale explicar que a periodontia tem como objetivo estudar, prevenir e tratar os problemas que afetam os tecidos periodontais, que são aqueles que fixam e sustentam os dentes.
Já a implantodontia, como o próprio nome diz, consiste na reconstrução, através do processo cirúrgico, de parte do dente por meio de um implante instalado no osso da mandíbula ou maxilar. Assim sendo, essa área da odontologia tem como objetivo a reconstituição das funções dos dentes que foram afetadas por sua deformidade ou ausência.
Ozônio na Cadeira do Dentista
O ozônio medicinal é um gás obtido da mistura de oxigênio (95%) e ozônio (5%) que desencadeia uma poderosa ação antimicrobiana, podendo ser aplicado de maneira tópica na odontologia. É também um excelente indutor da cicatrização dos tecidos danificados ao estimular a proliferação de células e a regeneração dos tecidos.
Graças à sua eficácia na eliminação de micro-organismos e na cura de ferimentos, sua aplicação é altamente recomendada em procedimentos clínicos. Além do mais, como é um produto natural, livre de efeitos adversos, o ozônio medicinal constitui um importante complemento para intervenções odontológicas e médicas em geral.
Na periodontia e implantodontia, os efeitos do ozônio já se comprovaram mais eficazes que os tratamentos tradicionais, com os pacientes sofrendo menos com dores e inchaços. Nessas áreas, o ozônio é aplicado por meio da irrigação de bolsas periodontais e peri-implantares na raspagem sub-gengival.
Além disso, ao atuar diretamente na microbiota sub-gengival, o ozônio pode também ser aplicado durante cirurgias como anti-inflamatório e desinfectante, diminuindo os sangramentos que ocorrem antes de depois das intervenções.
O ozônio garante excelentes resultados no combate aos problemas periodontais, sejam eles agudos ou crônicos. Na implantodontia, ele estimula a cicatrização, diminui as as inflamações e aumenta a atividade celular na superfície dentária.
Efeitos do ozônio na odontologia
O ozônio é ideal para tratamentos periodontais e peri-implantares porque ele:
- Melhora o metabolismo das células nos tecidos inflamados ao garantir uma melhor circulação de oxigênio no sangue
- Melhora o sistema imunológico celular e humoral, onde atuam os anticorpos, ao estimular a ação das células imunocompetentes, que possuem a capacidade de produzir uma resposta imunitária específica
- Contribui para a cicatrização de feridas ao estimular a síntese de colágeno, uma proteína responsável por garantir firmeza e elasticidade à pele, produzida naturalmente pelo corpo.
- Por causa do seu poder anti-oxidante, tem efeito antimicrobiano ao atacar os organismos invasores e destruir suas membranas.
Gostaria de saber mais sobre a eficácia do ozônio medicinal em tratamentos odontológicos? Leia o artigo abaixo.
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