De origens ainda desconhecidas, a esclerose sistêmica é uma doença incapacitante, sem cura, que demanda muita dedicação e cautela no tratamento.
A boa notícia é que a terapia do ozônio medicinal pode ser um importante tratamento complementar para minimizar e atrasar os efeitos da patologia.
Ozônio como tratamento complementar contra a esclerose sistêmica
A esclerose sistêmica é uma doença reumática autoimune crônica, rara, que causa a produção exagerada de colagênio e provoca alterações degenerativas na textura e aparência da pele, articulações e órgãos internos.
Além de formar cicatrizes na pele, deixando-a mais endurecida, a esclerose sistêmica também pode causar endurecimento de outros órgãos importantes, como o coração, os rins e os pulmões. Por essas razões que é muito importante iniciar tratamento da doença que, embora não tenha cura, pode ter o seu desenvolvimento retrasado, evitando o surgimento de complicações.
Mais frequente em mulheres entre os 30 e 50 anos, a doença não tem cura e sua evolução não pode ser prevista, que pode ter um avanço lento, causando pequenos problemas na pele, ou evoluir de forma rápida e levar ao óbito do paciente. A esclerose sistêmica é rara em crianças.
Os sintomas da patologia incluem:
- Articulações travadas em posição permanente
- Inchaço, descoloração azul e frieza intermitente dos dedos
- Ulceração na ponta dos dedos
- Danos nos rins, pulmões, coração e sistema gastro-intestinal
- Perda capilar
- Pele rígida, clara ou escura
Os pacientes geralmente desenvolvem anticorpos característicos de uma doença autoimune, pois ela é provocada por uma resposta anormal do próprio sistema imunológico. Apesar de incurável, podem ser tratados os sintomas e disfunção nos órgãos.
Como o ozônio age contra a doença
O tratamento tradicional envolve apenas medidas paliativas, com o objetivo de controlar os sintomas e prevenir eventuais complicações. Um estudo realizado na Polônia demonstrou que a ozonioterapia pode ser um tratamento complementar eficaz contra a doença. O estudo foi realizado pelo Departamento de Dermatologia, Venereologia e Alergologia da Universidade Médica de Wroclaw.
No estudo realizado, quarenta e dois pacientes com esclerose sistêmica foram submetidos a duas séries de banhos em água de 10 minutos com uma mistura de ar e ozônio separados por um período de 10 dias sem tratamento. Os exames foram realizados no início do estudo e 10 dias após a conclusão do último tratamento.
Os médicos poloneses concluíram que a ozonoterapia teve uma influência benéfica na resposta imune em pacientes com esclerose sistêmica, com a balneoterapia com ozônio podendo ser considerada uma opção terapêutica adicional.
Mesmo não substituindo o tratamento convencional, a ozonioterapia demonstrou que pode ser considerada uma importante ferramenta complementar, tornando o tratamento menos caro e livre de efeitos adversos. No entanto, os médicos poloneses advertiram que mais pesquisas serão necessárias.
O grande problema de haver poucos estudos sobre o ozônio é porque este não é uma substância patenteável, não pertencendo a ninguém, o que faz com que os monopólios farmacêuticos não invistam em estudos, que ficam restritos a países periféricos e pobres, como Cuba, Irã, Polônia e outros.
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