O ozônio (O3) é um gás reativo e oxidante composto por três átomos de oxigênio. Ele está presente na atmosfera terrestre e desempenha um papel crucial na proteção da vida, filtrando a radiação solar ultravioleta.
Foi descoberto em 1840 pelo químico alemão Christian Friedrich Schönbein e recebeu essa denominação devido à sua origem grega, onde “ozein” significa “odor”.
A Ozônioterapia, também conhecida como Ozonoterapia, é definida como a administração terapêutica de ozônio, que visa aumentar a oxigenação dos tecidos e o metabolismo.
Pode ser aplicada por vias sistêmicas e/ou tópicas, com a concentração do ozônio variando de acordo com a condição de cada indivíduo.
Essa terapia é considerada minimamente invasiva e faz parte das Práticas Integrativas e Complementares (PIC) do Sistema Único de Saúde (SUS).
As feridas têm sido uma parte importante da história da humanidade, e cada vez mais se discute o tratamento e cuidado preventivo dessas lesões, buscando-se qualidade e eficácia.
É reconhecido que não existe um único curativo ideal para todas as lesões de pele, por isso as Práticas Integrativas e Complementares (PICs) e terapias adjuvantes estão sendo valorizadas.
A falta de cicatrização ou o tempo prolongado necessário para a cura das feridas está relacionado a complicações clínicas graves e aumento da taxa de mortalidade.
Por essa razão, terapias inovadoras que acelerem o processo de cicatrização têm sido estudadas, e a Ozonioterapia é uma delas.
O ozônio tem sido amplamente utilizado como um tratamento de primeira linha em diversos países, sendo reconhecido por suas propriedades antioxidantes, desintoxicantes, bactericidas, fungicidas, virustáticas, antimicrobianas, imunomoduladoras, biorreguladoras, antiapoptóticas e analgésicas.
Além disso, o ozônio tem a capacidade de estimular a circulação, promover a oxigenação tecidual, aumentar a expressão de fatores de crescimento endotelial e aumentar o débito cardíaco.
Embora a inflamação seja parte do processo inicial de cicatrização e seja importante para sua evolução, é essencial controlá-la para a cura da ferida, e a ozonioterapia também possui propriedades anti-inflamatórias.
Existem diferentes vias de aplicação das terapias com ozônio, que podem ser tópicas ou sistêmicas. As modalidades tópicas incluem o uso de bolsas, óleo ozonizado e hidroterapia com ozônio.
Já as vias sistêmicas englobam a insuflação vaginal e retal, a auto-hemotransfusão maior e menor, a administração intramuscular, subcutânea, intra-auricular e intra-articular.
Para o tratamento de lesões de pele, as vias mais utilizadas são a aplicação de bolsas, o uso de óleo ozonizado, a insuflação retal e a auto-hemoterapia com ozônio, sendo as vias sistêmicas mais eficazes na recuperação e modulação do sistema imunológico.
A ação do ozônio ocorre por meio de reações imediatas com biomoléculas presentes no plasma, e seus efeitos podem perdurar por semanas, liberando óxido nítrico e estimulando o sistema antioxidante.
Durante a ozonização do sangue, há um aumento na ativação plaquetária, o que resulta na liberação de fatores de crescimento que podem potencializar a cicatrização de feridas crônicas, mesmo em pacientes com isquemia.
A ozonioterapia tem se mostrado uma abordagem eficaz e de baixo custo no tratamento de feridas de difícil cicatrização. É uma prática de fácil aplicação, com poucas reações adversas e sem toxicidade quando aplicada de acordo com as vias mencionadas anteriormente.
Diversos estudos com alto nível de evidência comprovam sua eficácia, embora haja uma escassez de pesquisas escritas por enfermeiros, além de lacunas relacionadas às dosagens, frequência de aplicação, padronização e protocolos.
É importante lembrar que o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) recomenda que os enfermeiros tenham competência técnico-científica para aplicar essa terapia adjuvante, exigindo uma formação complementar de no mínimo 120 horas de carga horária para habilitação.
Para garantir o sucesso do tratamento e a segurança do paciente, é fundamental realizar uma avaliação clínica abrangente de forma holística e adotar o princípio da não maleficência ao lidar com feridas complexas.
É crucial que o tratamento seja realizado por um profissional qualificado, capaz de realizar uma avaliação minuciosa do paciente e determinar a abordagem terapêutica mais adequada.
Além da ozonioterapia, a enfermeira Miriam Dani, em Porto Alegre, oferece uma variedade de outros tratamentos, como acupuntura, medicina chinesa, microscopia de campo escuro, microagulhamento, plasma rico em plaquetas e bioressonância quântica.
No entanto, é importante buscar informações adicionais sobre esses tratamentos específicos e agendar uma consulta com a enfermeira Miriam Dani para discutir as opções disponíveis e determinar qual é a mais adequada para cada caso.