A Ozonioterapia no Mundo

Desde o século 19 que a ozonioterapia médica é utilizada na Europa, com os médicos alemães desenvolvendo estudos, inicialmente, para combater germes e bactérias na pele humana.

Na I Guerra Mundial, médicos alemães e ingleses já usavam o ozônio para tratar ferimentos em soldados, conseguindo evitar uma elevada parcela de amputações.

A Ozonioterapia no Mundo

Atualmente, os sistemas públicos de muitos países ao redor do mundo utilizam a ozonioterapia, como Alemanha, Áustria, Suíça, Rússia, Grécia, Ucrânia, Portugal, Cuba, Israel, Egito, Austrália, além de ser praticada em 13 estados dos EUA (Nevada, Minnesota, Ohio, North Carolina, New York, Geórgia, Oklahoma, Texas, New Mexico, Colorado, Califórnia, Whashington, Arkansas).

Na maioria desses países, os seguros médicos reembolsam os tratamentos com ozônio. Na Alemanha, desde a década de 1980 que a técnica faz parte dos tratamentos pagos pelos seguros-saúde, o que representa uma forma muito séria de reconhecimento do método.

Cuba incorporou a ozonioterapia às rotinas de atendimento do sistema público de saúde desde 2010, contando com 39 centros médicos clínicos espalhados por toda a ilha. Nesses centros médicos, se investigam, se aplicam e se documentam todos os aspectos relativos ao método terapêutico.

Nos últimos 20 anos, os médicos cubanos produziram um grande número de estudos sobre o ozônio medicinal, coordenados pelo Centro de Investigaciones del Ozono em Havana, e que foram publicados em revistas científicas indexadas.

Na Rússia, desde os tempos da ex-União Soviética que a ozonioterapia é utilizada nos hospitais públicos, assim como na Ucrânia, outro país de herança soviética.

Na Europa, cerca de 15 mil médicos utilizam a ozonioterapia em todo o continente. Somente na Alemanha, se realizam 7 milhões de procedimentos por ano. Nos anos 1980, a Sociedade Médica Alemã de Ozonioterapia avaliou a segurança do ozônio em um estudo que envolveu 644 médicos, 384.775 pacientes, onde foram realizados 5.579.238 tratamentos com ozônio.

No estudo, constatou-se que houve apenas 40 casos de pacientes que tiveram efeitos colaterais discretos, com o ozonioterapia sendo considerada, desde então, como uma das mais seguras terapias médicas.

Na Itália, o uso do ozônio medicinal é recomendado no sistema de saúde para tratamento de lombalgias e hérnia de disco antes de submeter o paciente à cirurgia, com o país registrando taxas de recuperação entre 60 e 95%, o que evitou um alto índice de cirurgias e proporcionou uma economia de gastos ao estado.

Na Espanha, a ozonioterapia tem vindo a ser incorporada gradativamente ao serviço publico de saúde, sendo utilizada como tratamento complementar nos casos de câncer, para diminuir os efeitos colaterais da radioterapia.

No mundo inteiro, existem muitas associações de profissionais médicos ativos no tratamento com ozonioterapia. A mais antiga delas é a International Ozone Association (IOA), de las Vegas, nos EUA, fundada em 1971. No entanto, a mais importante é a Sociedade Médica Alemã para a Ozonioterapia, que conta com mais de 1500 associados, tendo sido fundada em 1972. A nível mundial, é a International Medical Ozone Federation que agrega a maioria das associações de profissionais de ozonioterapia.

No Brasil, a ozonioterapia foi incluída pelo Ministério da Saúde como PICS – Prática Integrativa e Complementar de Saúde, segundo a portaria 702/2018, publicada em março de 2018. No nosso país, são os conselhos de classe profissional – médicos, dentistas, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros – que determinam as diferentes linhas de atuação da ozonioterapia.

Veja também: Por que funciona a ozonioterapia

A ozonioterapia pode ser indicada para o tratamento de:

  • Doenças circulatórias e cardio-vasculares
  • Combate do envelhecimento e doenças típicas de idosos
  • Doenças causadas por vírus como herpes simples, herpes zoster e as hepatites
  • Ferimentos infectados, inflamados, de cicatrização difícil, como úlceras nas pernas por problemas de circulação, úlceras diabéticas e risco de gangrena
  • Queimaduras
  • Inflamações intestinais crônicas, como colite
  • Dores lombares, protrusão discal e hérnia de disco
  • Dores articulares em decorrência de doenças inflamatórias crônicas
  • Aumento da imunidade geral do organismo
  • Como tratamento complementar para vários tipos de câncer
  • Calvície
  • Micoses

Gostou de saber sobre a ozonioterapia? Mora em Porto Alegre e quer saber mais sobre o assunto? Fique atento às novidades aqui do blog e entre em contato com a enfermeira Miriam Dani.

Fonte: Associação Brasileira de Ozonioterapia (ABOZ)

Veja também: Cuba consolida o uso da ozonioterapia

3 comentários

  1. Sou usuária da Ozônioterapia, mas desde que iniciei , iniciou-se em mim uma espécie de labirintite. Será councidencia?

    1. Boa Noite
      Provavelmente não está relacionado a ozonioterapia. Temos doses indicadas e locais de aplicação, que devem respeitar alguns protocolos.
      Converse com seu ozonioterapeuta, ele certamente irá saber avaliar essa situação.

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